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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Ref. Dia 30.09.2016: A morte do ímpio e a morte do crente


A MORTE DO ÍMPIO E A MORTE DO CRENTE
por: REV. Glauco Barreira M. Filho

O grande filósofo Voltaire fez parte de um grupo de intelectuais blasfemos que encheu a França de incredulidade. Na hora da morte, porém, ele sentiu o horror do juízo de Deus sobre si e ficou furioso com os seus comparsas. Os filósofos D’ Alembert, Diderot e outros vinte que o conheciam não puderam se aproximar dele quando estava no leito. Voltaire gritava: “Retirai-vos! Fora! Que glória infame conseguistes para mim!”. Muitos dos médicos de Voltaire se retiravam, afirmando que a morte de um ímpio era terrível demais. Ao ouvir seus gritos, o Marechal Richelieu fugiu de sua cabeceira, declarando que era por demais terrível suportar aquela visão.

          Em uma das visitas a Voltaire, o médico o encontrou em agonias profundas, exclamando: “Fui abandonado por Deus e pelos homens”. Depois disso, ele disse: “Doutor, dar-te-ei metade do que possuo se me deres mais seis meses de vida”. O médico respondeu que ele não viveria nem seis semanas. Voltaire respondeu: “Então vou para o inferno”. Em seguida, ele expirou.
          Quão diferente da morte de Voltaire foi a morte do crente John Arthur Lyth. Esse servo de Deus disse: “Logo estarei com Jesus. Talvez eu esteja por demais ansioso. Isso é a morte? Ora, ela é melhor que a vida! Diga-lhes que morro feliz em Cristo.”
          O inflamado pregador David Brainerd, conhecido pela evangelização dos índios, disse as seguintes palavras na proximidade de sua morte:

          “Meu desejo é servir a Deus e ser completamente devotado à Sua glória; este é o céu pelo qual anseio, esta é a religião e minha felicidade, e sempre foi, desde que julguei ter uma verdadeira religião. O guardião está comigo; por que a carruagem custa tanto a chegar? Por que tardam as rodas de Sua carruagem?”

          E você? Como será a sua morte?


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

REF. DIA 29.09.2016: O CONHECIMENTO E A VONTADE


O CONHECIMENTO E A VONTADE

por: Pr. Glauco Barreira M. Filho

“A compreensão humana se assemelha não a uma luz seca, mas admite uma tintura de vontade e de paixões que, em conseqüência, geram seu próprio sistema, POIS O HOMEM SEMPRE ACREDITA MAIS PRONTAMENTE NO QUE PREFERE” (Francis Bacon)

   Os filósofos atuais já não são mais tão arrogantes quanto à possibilidade de o homem conhecer as verdades últimas pela razão livre como muitos o foram no passado. Hoje, está na moda dizer que o pensamento não é livre e descomprometido, mas parte de uma cosmovisão com pressuposições anteriormente definidas.
      A conclusão da filosofia contemporânea nada de novo trouxe para os teólogos cristãos, pois os últimos já asseveravam que a razão deve se apoiar da fé, que é o seu corretivo. A diferença entre os cristãos e os filósofos atuais reside em os filósofos tornarem a cosmovisão uma questão relativa, subjetiva ou histórica. Isso quer dizer que se eu não fosse eu mesmo, se não tivesse nascido onde nasci, eu pensaria diferente do que penso. Os crentes, porém, asseveram que a verdade do conhecimento depende da verdade da cosmovisão. Assim, nem todas as cosmovisões seriam igualmente válidas.
       A questão, então, trava-se em torno do critério que define a cosmovisão correta. Os crentes fiéis dirão que é a Palavra de Deus. O Deus que nos criou, sendo verdadeiro, deixou-nos um padrão de verdade. A Bíblia é o mapa que guia o ser humano para as verdades últimas.
      Dentro do que foi dito, é de lamentar que haja “crentes” que queiram interpretar a Bíblia à luz da psicologia e de certas filosofias. Na verdade, a psicologia e a filosofia é que deveriam ser interpretadas à luz da Bíblia. Não devemos contemporizar a Bíblia com o presente século, mas avaliar o presente século pela Bíblia.
     Uma outra coisa que os filósofos contemporâneos tem concluído é que o homem não pensa friamente, isto é, com neutralidade. O homem pensa sob o efeito de paixões e interesses que corrompem a vontade e, em seguida, o pensamento. Como Bacon disse na frase que citamos no início desse artigo, os homens acreditam mais prontamente naquilo que preferem.
    Há “crentes” que estão em igrejas liberais porque PREFEREM acreditar no caminho mais fácil. Por desejarem viver de acordo com suas concupiscências, vaidade e mundanismo, se auto-enganam, procurando se convencer que as igrejas desviadas a que se filiaram mantém um compromisso válido com a Escritura Sagrada.
     Se nós quisermos conhecer a verdade que vem de Deus, o primeiro passo não é adquirir uma estrutura intelectual mais perspicaz (como tantos seminaristas pensam), mas, sim, submeter a Deus a nossa vontade:

“Se alguém QUISER fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, CONHECERÁ se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo” (João 7: 17)



domingo, 25 de setembro de 2016

REF. DIA 25.09.2016: A DIFERENÇA DE IDADE & CASAMENTO

DIFERENÇA DE IDADE E CASAMENTO
por: Glauco Barreira M. Filho

      Quando eu era aluno da Faculdade de Direito, lembro-me de ter lido no livro de Medicina Legal acerca de uma anomalia denominada crono-inversão. Ela consiste em uma pessoa se apaixonar por outra bem mais velha. A idade de diferença para crono-inversão diminui quando é o caso de a mulher ser mais velha que o homem. Isso acontece porque a maturidade sexual na mulher inicia mais cedo que no homem, assim como a idade sexual também termina mais cedo. Somando-se a isso, há o problema de a mulher envelhecer mais rápido que o homem, principalmente em razão da procriação. Isso, inclusive, cria o direito de a mulher se aposentar com menor tempo de serviço que o homem.

     Quando a mulher é bem mais velha que o homem (mais de 5 anos de diferença), a distinção de idade entre homem e mulher fica bem evidente a partir de um certo momento. A mulher pode começar a se sentir rebaixada com isso, o que a levará a querer que o homem tome providências, quanto à aparência, para parecer mais velho, enquanto ela começa a querer fazer com que sua aparência se torne a de uma mulher mais nova. Somando-se a isso, haverá crises de ciúmes na mulher em relação ao homem. Os filhos compararão a diferença de idade vista entre seus pais com a maior proximidade de idade entre os pais de seus colegas.
     Quando a mulher é bem mais velha que o homem isso cria também dificuldades de liderança. O marido precisará da experiência maior da mulher, o que poderá levá-la a tomar a frente nas grandes decisões da família. Além disso, ela poderá ter dificuldades em se submeter ao homem mais novo ao perceber sua inexperiência.
Quando a mulher é bem mais velha que o homem, há a aparência do mal. As pessoas do mundo acham que aquela mulher experiente enganou um jovem inexperiente.
            A Bíblia diz que “primeiro foi formado Adão, depois Eva” (I Timóteo 2: 13). Isso não significa que a mulher não possa em casos excepcionais ser mais velha que o marido, mas, quando a distancia começa a ficar maior, é obvio que haverá problemas. A ordem da criação estabelece um princípio que deve ser levado em consideração.
            Rute, quando ficou viúva, foi elogiada na Bíblia porque não procurou um jovem para casar, mas, sim, um homem maduro:

“E disse ele: Bendita sejas tu do Senhor, minha filha; melhor fizeste esta tua última beneficência do que a primeira, pois APÓS NENHUNS JOVENS FOSTEQUER PÓBRES QUER RICOS. Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.” (Rute 3: 10, 11).
            As palavras acima foram ditas por Boaz a Rute quando ela o procurou para casar-se com ele. É importante que cada marido possa dizer o mesmo para sua esposa. 

Soli Deo Glória
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sábado, 24 de setembro de 2016

REF DIA 24.09.2016: AS ESCRITURAS DO NOVO TESTAMENTO

AS ESCRITURAS DO NOVO TESTAMENTO
Por: REV. Glauco Barreira M. Filho
Parece claro que os escritores do Novo Testamento reconheciam a autoridade das Escrituras do Velho Testamento. A pergunta, entretanto, que muitos poderiam fazer é se eles reconheciam a autoridade de seus próprios escritos. Veremos que sim.
          O apóstolo Paulo fala que seus escritos eram verbalmente inspirados por Deus (Efésios 3: 3 e 4;  I Cor. 2: 13), enquanto Pedro chama as epístolas de Paulo de “Escrituras” (II Pedro 3: 16). Paulo citou um texto do evangelho de Lucas (Digno é obreiro do seu salário) ao lado de um texto do Velho Testamento, chamando-os de Escritura (I Timóteo 5: 18). Pedro também proclama a autoridade de sua mensagem e a nivela com a palavra dos profetas (II Pedro 1: 16 – 21). João também testifica da infalibilidade de seu evangelho (I João 21: 24) e de suas epístolas (I João 4: 6).  No Apocalipse, o próprio Jesus disse a João: ESCREVE (Apoc. 1: 19). Sobre a autoridade do Apocalipse, leia-se Apoc. 22: 18, 19.
          Paulo disse que os seus leitores piedosos reconheceriam a inspiração de seus escritos (I Cor. 14: 37; Efésios 3: 4). Isso confirma a palavra de Calvino segundo a qual o consenso da igreja é somente um meio secundário de constatar a inspiração da Bíblia, pois o meio primário é o testemunho do Espírito no coração do leitor. Deus, mediante seu Espírito, dá testemunho do santo livro. O seu testemunho é maior que o dos homens (João 5: 32, 34; I João 5: 9)..
          Paulo ordenou que suas epístolas fossem lidas publicamente nas igrejas:

          “E quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses; e a que veio de Laodicéia, lede-a vós também.”(Colossesnses 4: 16).

          Alguém talvez indague acerca dessa carta que veio de Laodicéia. Não se trata de uma carta perdida que foi escrita à igreja de Laodicéia, mas de uma carta que circulava na Ásia e que vinha de Laodicéia. Trata-se da Carta aos Efésios. Esta epístola foi, na verdade, endereçada a todas as igrejas da província da Ásia, dentro da qual se situavam Éfeso e Laodicéia. Também não há uma carta perdida que foi escrita a igreja de Corinto. Quando Paulo diz “já por carta vos tenho escrito” (I Cor. 5: 9), ele queria dizer apenas que já havia dito aquilo, não em outra carta, mas naquela mesma carta.
          Paulo diz que a primeira epístola aos tessalonicenses devia ser lida publicamente:

          “Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos.”
         
          Paulo mostra que suas epístolas são base para disciplinar irmãos em desobediência (II Tessalonicenses 3: 14).
          Com os apóstolos e seus assessores foi concluída a escrita da Bíblia :

          “da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para cumprir a palavra de Deus” (Colossensses 1: 25).

          Por tudo isso que foi dito, duas coisas ficam claras: 1) os apóstolos e escritores do Novo Testamento tinham conhecimento de sua inspiração; 2) o crente tem o testemunho do Espírito a favor das Escrituras, inclusive do Novo Testamento.  



quinta-feira, 22 de setembro de 2016

REF. DIA 22.09.2016: OS VERDADEIROS E FALSOS ANABATISTAS


OS VERDADEIROS E OS FALSOS ANABATISTAS
Por: REV. Glauco Barreira M. Filho

            Em 1527, houve uma importante conferência dos anabatistas durante a Reforma Protestante. Naquela oportunidade, foi feita uma confissão de fé composta de sete declarações resumidas:

1)      O batismo é somente para os crentes
2)     A igreja deve exercer disciplina firme
3)     A comunhão é restrita aos santos
4)     Os membros devem viver separadamente do mundo e evitar igrejas mundanas
5)     Os pastores são escolhidos dentre os irmãos da congregação e com o apoio da mesma
6)     A não-resistência deve ser praticada por todos. Ninguém deve participar de guerras nem da política
7)     É proibido todo e qualquer juramento

Alguns atribuem aos anabatistas as heresias dos münsteritas, dos joristas e dos adamitas durante a Reforma. A verdade, porém, é que nenhum desses grupos subscreveria a confissão de fé dos verdadeiros anabatistas acima colocada.
Jan Matthys, líder dos münsteritas, pregava uma revolução com espírito agressivo. Ele dizia que todos deveriam ser rebatizados por ele, mesmo os que anteriormente houvessem sido batizados na fé anabatista. Os münsteritas foram fanáticos que defenderam a poligamia e a luta armada.
Os Joristas foram uma seita fundada por David Joris. É verdade que Joris foi batizado em uma igreja anabatista, mas, quando começou a pregar falsas doutrinas e declarou-se profeta, foi excluído da igreja. Anabatistas, como Menno Simmons, escreveram cartas de alertas para as congregações acerca desse falso profeta, bem como admoestaram os seus seguidores do perigo de seus ensinamentos.
Os adamitas foram uma seita fundada por Adam Pastor, um padre que se juntou aos anabatistas em 1533. Ele passou de um apologeta a um herege, passando a negar a doutrina da Trindade. Menno Simons e outros irmãos tentaram convencê-lo de seu erro, mas ele não os ouviu, sendo excluído da igreja em 1547. Depois disso, fundou a seita dos adamitas.
Não podemos culpar os anabatistas por causa de hereges que tiveram alguma antecedência entre eles. De dentro da igreja primitiva também saíram muitos hereges (judaizantes, gnósticos, etc). É comum aparecerem aqueles que se acham “os iluminados” ou o “pequeno rebanho”, pregando heresias e manifestando a sua megalomania e presunção. Esses, abandonando a verdade, criam suas seitas para a própria condenação.
A Igreja Batista Renovada Moriá, por razões bíblicas (não de simples tradição) é guardiã da doutrina anabatista. No entanto, alguns cismáticos já saíram dentre nós, pessoas megalomaníacas que foram seduzidas pelo diabo. Não poderíamos, por exemplo, receber a culpa pelos seus atos de loucura.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

REF. DIA 19.09.2016: A FALSA DOUTRINA DA IRESSISTIBILIDADE DO SEXO

A FALSA DOUTRINA DA IRRESSISTIBILIDADE DO SEXO

por: Rev. Glauco Barreira M. Filho

“Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.” (I Cor. 6: 13).

            Vivemos em uma civilização erótica desde a chamada “revolução sexual”. As mulheres têm orgulho de serem sexy. As roupas curtas e decotadas que estão na moda são as mesmas roupas que no passado caracterizavam as prostitutas. As propagandas de roupas e outras coisas são acompanhadas de obscenidades, linguagem de duplo sentido e pornografia. Os outdoors exibem mulheres sem roupas ou em posição erótica. As revistas pornográficas e os DVDs com filmes eróticos estão na cara de todos os que freqüentam bancas de revistas ou locadoras de filmes. Praticamente não há filmes ou novelas sem cenas indecentes ou apologia da prostituição e do adultério.
            As propagadas de preservativos e a “luta” contra a AIDS (na verdade, uma luta para a perversão da sociedade) incentivam jovens e adolescentes a prática precoce do sexo. Faz-se defesa do homossexualismo e do lesbianismo. Os programas de humor “alegram” as pessoas com obscenidades. As piadas são quase todas eróticas.
            Ninguém imagina uma amizade entre um homem e uma mulher sem segundas intenções. Uma amizade entre dois homens, por sua vez, é vista como sinal de pretensões homossexuais. As pessoas não se lembram que em outros períodos, como na Idade Média, eram comuns as amizades filosóficas entre homens e as amizades poéticas entre um homem e uma mulher.
            Dentro de um ambiente carregado de impureza sexual, as tentações obviamente aumentam, pois a sensualidade parece estar no ar. Para completar, há uma visão animalesca do ser humano. O homem é visto como fruto da evolução biológica, um mero animal que desenvolveu autoconsciência, um amontoado de instintos. Assim, concluem que o homem não deve restringir os instintos, que isso pode causar distúrbios psicológicos.
            A Bíblia diz que “como o homem imagina no coração, assim ele é”. Isso significa que se as pessoas se enxergarem como animais cujos instintos devem ser satisfeitos a qualquer custo, a fornicação e o adultério lhes parecerão irresistíveis. Na verdade, o homem pode viver sem sexo, e não só o crente, mas até mesmo o incrédulo. A questão é que num mundo carregado de erotismo em que as pessoas se vêem como animais o sexo é visto como irresistível. Essa crença é cultural, mas, interiorizada, ganha força semelhante às forças da natureza.

            Fico triste quando vejo pastores apressando o casamento de jovens para “livrá-los da fornicação”. Fico decepcionado também por conselheiros matrimoniais que dão a entender que o casamento não sobrevive sem vida sexual intensa. Para suprir a deficiência, aparecem remédios, tratamentos etc. Quando explico a pastores que sou contra o uso de anticoncepcionais e que só aceito o controle de natalidade pela abstinência regulada, eles me perguntam: “E como o casamento vai sobreviver?”. Tudo isso evidencia a absorção do espírito mundano por líderes eclesiásticos. Embora o sexo seja lícito e puro dentro do casamento, o corpo não foi feito para o sexo como o manjar para o ventre, mas o corpo é para o Senhor e o Senhor para o corpo! Não somos animais, somos criaturas feitas à imagem e semelhança de Deus! 

domingo, 18 de setembro de 2016

REF. 18.09.2016: A PROVIDÊNCIA DE DEUS E O BENEFÍCIO DOS JUSTOS

A PROVIDÊNCIA DE DEUS E O BENEFÍCIO DOS JUSTOS
por: Rev. Glauco Barreira M. Filho

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.” (Romanos 8: 28).
        A providência de Deus guia os acontecimentos, enquanto o amor de Deus pelos que o temem faz convergir esses acontecimentos para uma situação que lhes seja favorável. Isso, todavia, não significa que só teremos prosperidade e bonança. O bem para o qual Deus faz convergir os acontecimentos de nossa vida é a nossa santificação, já que é por ela que nos aproximamos de Deus (o Sumo Bem) e obtemos louvor e galardão no porvir.
       Os irmãos de José venderam-no como escravo porque tinham inveja dele. Desejavam matar os sonhos que ele tinha constantemente, sonhos nos quais ele aparecia reinando sobre seus irmãos. O que eles fizeram, porém, terminou por contribuir para a realização dos sonhos de José, ou seja, dos planos de Deus para a sua vida (Gênesis 45: 4- 8).
Santo Agostinho explicou o seguinte para aqueles que indagam sobre porque Deus criou pessoas que se tornaram más:

“Portanto, como os justos progridem até por meio dos injustos e os piedosos, por meio dos ímpios, em vão se diz: ´Deus não deveria criar aqueles que ele sabia que seriam maus´. Com efeito, por que não deveria criar aqueles que ele sabia de antemão que haveriam de ser úteis para os bons, e assim nasçam  para serem úteis  para os bons, para exercitarem e porem de sobreaviso as vontades boas, e eles sejam castigados com justiça devido à sua vontade perversa?”

     Deus usa até mesmo o diabo para um fim proveitoso. Agostinho explica:

“Pelo contrário, por que não o criaria, se corrige a muitos pela sua justiça e providência, servindo-se do diabo? Por acaso não ouviste o Apóstolo Paulo que diz: ‘Os quais entreguei a Satanás, a fim de que aprendam a não mais blasfemar, e diz de si mesmo: Para eu não me encher de soberba, foi-me dado um aguilhão na carne – um anjo de Satanás para me bater?”
         Os hereges, por mais perversos que tenham sido, levaram a igreja a reagir aos seus ensinos, permitindo, assim, que ela firmasse sua ortodoxia, aprofundasse seus dogmas e desvendasse mistérios (I Cor. 11: 9). Agostinho diz:

“A Divina Providência permite a existência de muitos hereges em muitos erros, a fim de que, quando nos insultam e nos fazem perguntas sobre o que ignoramos, de tal modo venhamos a sacudir a preguiça que ansiemos por conhecer as divinas Escrituras.”

Diante de tudo isso, não temos de que murmurar, mas temos muito que agradecer. Vivamos, pois, em santificação e encomendemos nossas vidas aos cuidados do único Deus verdadeiro, para sempre bom e soberano!


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

REF. 16.09.2016: O PAPEL PROFÉTICO DA IGREJA


O PAPEL PROFÉTICO DA IGREJA

            Como anabatistas, nós nos mantemos distantes da política partidária. A igreja deve manter-se separada do Estado e o crente individual da militância político-ideológica. Não há nenhuma ideologia secular que nos satisfaça e o Novo Testamento não nos ensina nenhuma ideologia ou utopia política. Nós aguardamos o reino de justiça que será possível apenas com o regresso de Jesus.
            Isso tudo, porém, não significa que nós nos manteremos passivos diante da injustiça. O crente deve evidenciar a sua fé mediante obras de piedade (santidade pessoal) e de misericórdia (santidade social). Também devemos protestar contra os pecados individuais e sociais. A igreja é sal da terra e luz do mundo. Nós somos a consciência de um mundo sem consciência.
            Os profetas do Antigo Testamento denunciavam os opressores do povo e chamavam a nação a um arrependimento coletivo. O papel da igreja é profético. Ela deve denunciar os pecados individuais e coletivos, condenar a opressão e chamar ao arrependimento. A sua filosofia de não-resistência, todavia, a impede de se envolver em empreendimentos revolucionários e desumanos. A igreja tem uma só arma: A palavra. A sua fibra está na prontidão para o martírio.
            Cabe aos pregadores do evangelho serem censores das autoridades. Devemos apontar a verdadeira responsabilidade dos pais, dos educadores e do Estado. A igreja deve falar a cada estamento social. Deve denunciar os crimes econômicos (usura, altos preços, concorrência desleal) e os vícios sociais (consumismo, pornografia, coisificação do ser humano, erotização precoce dos adolescentes, etc).
            A igreja fala de uma perspectiva teológica. Ela não é porta-voz de um partido ou de uma ideologia secular, mas de Deus. A sua linguagem não é política, mas bíblica.
            Para a igreja fazer soar a voz profética, ela tem que ser modelo para a sociedade. Dentro dela deve reinar o amor, a honestidade, a confiança, a disciplina e a fidelidade. Os pobres devem ser assistidos e os idosos devem ser respeitados. A igreja deve ser o lugar da santidade, da “koinonia” (comunhão) e da “diaconia” (serviço).
            Não somos militantes da política partidária, mas não somos passivos. Não encontramos nossa missão em uma ideologia, mas na “profecia”! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

REF. DIA 14 DE SETEMBRO DE 2016: UM CORAÇÃO EM CHAMAS

UM CORAÇÃO EM CHAMAS

Count Nicholas Ludwig von Zinzendorf (1700-1760) - Ilustração de seu zelo Evangelístico e seu fervor
                                                            por: Rev. Glauco Barreira M. Filho

Em Herrnhut, no século XVIII, houve uma comunidade pietista que ficou conhecida na história pelo zelo missionário: a comunidade dos irmãos morávios.
            Os irmãos morávios defendiam a “religião do coração”, ensinando a necessidade de uma experiência pessoal e profunda com Deus. Eram vigorosos na pregação do novo nascimento e calorosos na comunhão. Em 1760, já tinham enviado mais de duzentos missionários pelo mundo afora.
            Os morávios tinham um profundo amor pelas almas, particularmente, pelas almas dos mais simples. Para evangelizar os escravos, viveram em quilombos e se deixaram reduzir à escravidão, como foi o caso de Friedrich Martin. Martin escolheu se casar com uma negra chamada Cristina Rebekka, perdeu seus direitos civis, passando por sérias dificuldades juntamente com a comunidade de escravos negros.
            Precisamos de mais amor pelas vidas que perecem, pelos marginalizados, oprimidos e sofredores. Eles precisam ouvir o evangelho!


            “Oh, Deus! Dá-nos um coração que sangre pelos perdidos! Coloca um fardo em nossa oração pelos pecadores! Faz-nos sentir as dores de parto, faz-nos intercessores! Que preguemos com lágrimas nos olhos! Dá-nos um coração em chamas!!!!”

terça-feira, 13 de setembro de 2016

PORQUE CREIO EM DEUS - Artigo publicado pelo Antigo Jornal Trombeta de Sião



"Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniquidade: não há quem faça o bem" (Sal. 53:1).

      Afinal, Deus existe ou não? Esta pergunta obscurece todas as outras que a humanidade possa fazer. Se você acha que esta declaração seria de um teólogo ou de um pregador, então veja a frase encontrada em The Great Ideas Syntopicon (Temário de Grandes Idéias), um guia de estudos decisivo para a série Great Books, uma notável coleção da maior parte da sabedoria do mundo ocidental, combinada desde os tempos de Tales até o presente. Mortimer Adler declara: "Com exceção de certos matemáticos e físicos, todos os autores de Great Books estão representados no capítulo que fala sobre Deus". A razão é óbvia. Existem mais conseqüências no terreno do pensamento e da ação na afirmação ou na negação de Deus do que em se responder a qualquer outra pergunta, por fundamental que seja. A vida do homem em sua inteireza é afetada pelo fato de o homem se considerar o ser supremo do universo ou reconhecer que existe um ser supra-humano que é objeto de seu amor ou de seu medo, uma força a ser desafiada ou um Senhor a ser obedecido. Neste nosso tempo, em que o ateísmo militante está em marcha, espalhando-se como um micróbio mortífero através do mundo, temos que considerar o significado desta pergunta e as evidências da existência de Deus.

Talvez uma das idéias mais comuns na mente da maioria dos sofisticados americanos é de que a ciência refutou a existência de Deus, ou como Julian Huxley disse, eles reduziram Deus "simplesmente a um evanescente sorriso do gato no conto Alice no País das Maravilhas." Mas a ciência destruiu a crença na existência de Deus? No seu livro Deus, o Átomo e o Universo, James Reid declara: "A ciência está preparando uma surpresa para a humanidade! Pelo menos será uma surpresa para aqueles que têm dúvidas sobre a Bíblia e sobre o Deus da Bíblia. Virá também essa surpresa para aqueles que se submetem à idéia errônea de que a ciência diminuiu o valor da Bíblia. Na realidade, poderá até chocar alguns cientistas, que podem ficar assombrados ao descobrir que um fato novo revelado ou uma teoria aceita por eles provê mais um elo na cadeia de evidências que mostram que os fatos do universo sustentam as declarações bíblicas - inclusive a criação." Esse autor diz mais que durante anos, como homem de ciência, tinha procurado descobrir apoio na Bíblia para a física clássica, a física newtoniana, e não o tinha encontrado.

Ao chegarmos ao século vinte, a antiga física clássica deu lugar à física quântica, à teoria atômica, e um conceito completamente novo sobre o universo veio à tona. Quando a teoria da relatividade de Einstein revelou a íntima relação entre massa e energia, ele repentinamente observou que as novas descobertas da ciência estavam estabelecendo os ensinamentos das Escrituras. Os fatos do universo estão sendo progressivamente apoiados pelas descobertas científicas e as conseqüências disso são incalculáveis. Vivemos dias quando é muito popular a idéia de que não existe um Deus diante de quem o homem é responsável. Eu creio que esse pensamento é a causa da enorme incidência do crime, assassinatos, estupros, roubos e todos os males imagináveis encontrados na nossa sociedade hoje. Eu já ouvi dezenas de homens, que supostamente deveriam ter algum conhecimento do assunto, discutirem uma grande variedade de remédios para a situação, e fico surpreso de sua incrível cegueira. Eles parecem não reconhecer que a agressiva negação do Deus da Bíblia é a causa de se tornarem os homens cada vez mais animalescos. Ensine-se aos homens que eles são animais e com o passar do tempo eles vão agir como animais.

E. L. Woodward, professor de História Moderna na Universidade de Oxford, afirma o seguinte: "Os valores de nossa herança ocidental, a justiça, a misericórdia, a bondade, a tolerância, a abnegação, são incompatíveis com o materialismo.."", entendendo-se o materialismo como uma visão do universo de que não existe nada mais que a matéria - nada de alma, espírito - Deus não existe. "Se posso tomar emprestada uma frase bem conhecida sobre o Estado (que por sua vez ele toma emprestada de Marx), esses valores murcharão numa cultura materialista." Esse professor diz mais que "não faz sentido falar de direitos do homem numa sociedade materialista: é como se alguém fizesse um apelo ao Oceano Atlântico."

Por acaso os cientistas provaram que Deus não existe? Não existe nenhum ramo da ciência que examine maior porção da obra de Deus do que os astrônomos. Assim diz a Escritura: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sal. 19:1). "Pois os seus atributos invisíveis... são claramente vistos desde a criação do mundo" (Rom. 1:20). Noventa por cento dos astrônomos de nossos dias acreditam em Deus! Aqueles que examinaram mais profundamente as obras das mãos de Deus acreditam nele. Essa percentagem é maior entre os astrônomos do que entre açougueiros ou fabricantes de candelabros.

Aqueles que tem olhado com mais assiduidade para a obra da criação e observam as maiores distâncias que o homem já alcançou concluíram que a mão que fez tudo isso é divina.

Pierre Simon de La Place, um dos maiores dos nossos astrônomos, disse que a prova a favor de um Deus inteligente como o autor da criação está como o infinito contra um, considerando-se qualquer outra hipótese de causação final; que é infinitamente mais provável que um conjunto de escritos lançados a esmo sobre o papel produzisse a Ilíada de Homero, do que o universo ter uma outra causa além de Deus. Esta evidência a favor de Deus em oposição às evidências que se apresentam contra Ele como Criador do universo é como o infinito diante da unidade; não dá nem para se medir.

Há muitos e diferentes argumentos a favor da existência de Deus. Um desses é conhecido como argumento cosmológico. Embora Kant e Hume tenham atacado vários argumentos clássicos a favor da existência de Deus, eles o fizeram sem evidências adequadas, sem suficientes provas para refutá-los. Considerando-se que as provas teístas não são matemáticas (são na realidade argumentos de esmagadora probabilidade), esses argumentos mesmo assim permanecem, e nossa mente ainda reconhece neles evidências do Divino Criador. Sir James Jeans, um dos maiores astrônomos modernos, disse que quanto mais ele examinava as vastas expansões do espaço e a tremenda complexidade dessas coisas, mais o universo lhe parecia um gigantesco pensamento de um grande matemático.

O argumento cosmológico vem do termo cosmos, que significa o universo e é desse termo que obtemos nossa palavra cosmética. Significa algo que está bem ordenado e belo. E existe tanta coisa que evidencia ordem, que seria impossível fazer uma lista de todas elas. A física quântica já demonstrou que, a nível de partículas subatômicas, existe um impulso irresistível por parte dos elétrons para a simetria e que há um admirável aspecto "cosmético", isto é, de beleza do universo. Um autor disse que a natureza é um grande arquiteto, dando a entender que a natureza é Deus. E é também grande astrônomo, grande químico, fisiologista, psicólogo e matemático, demonstrando um incrível conhecimento dos fatos das várias ciências da humanidade, as quais dizem exatamente a mesma coisa.

Existe também o argumento teológico. A palavra grega teleíos significa fim, finalidade; teleologia é aquele conceito filosófico que observa que no universo as coisas foram preparadas com um determinado propósito, para uma finalidade. Os ateus e evolucionistas (eles são quase invariavelmente os mesmos) detestam as palavras propósito e teleologia, porque eles acreditam que o mundo não tem propósito. Eles acreditam que é tudo um acidente gigantesco, simplesmente uma arrumação de átomos que aconteceu se juntarem por acaso. Embora as pessoas possam dizer que as coisas existam de uma forma incrivelmente complexa e que isso é a única razão por que estamos aqui, é difícil para a mente humana desconsiderar a fantástica quantidade de evidências de que alguém tem estado a providenciar nosso bem estar.

Consideremos a massa e o tamanho do planeta em que fomos colocados. São o tamanho e massa exatamente certos. O Dr. Wallace diz que se a terra fosse dez por cento maior ou dez por cento menor, a vida seria impossível sobre a face da terra. Além disso, também a distância do sol é a distância certa, pois é por isso que recebemos a quantidade certa de luz e de calor. Se estivéssemos mais afastados iríamos congelar-nos e se estivéssemos mais perto (como Vênus ou Mercúrio) não sobreviveríamos.

Consideremos a inclinação do eixo da terra. Nenhum outro planeta tem seu eixo inclinado assim - 23 graus. Esse ângulo dá condições para que todas as partes da terra sejam lentamente atingidas pelos raios solares, como um frango que está sendo assado numa churrasqueira. Se não houvesse essa inclinação no eixo terrestre os pólos acumulariam uma imensa massa de gelo e as partes centrais, expostas continuamente ao sol, seriam quentes demais.

Outro aspecto surpreendente do nosso relacionamento no sistema solar é a existência da lua. Muitas pessoas não reconhecem o fato de que sem a lua seria impossível viver neste planeta. Se alguém conseguisse arrancar a lua de sua órbita, toda a vida cessaria em nosso planeta. Deus nos deu a lua como uma criada para limpar o oceano e as praias de todos os continentes. Sem as marés originadas por causa da lua, todas as baías e praias se tornariam em poços fétidos de lixo e seria impossível viver perto delas. Devido às marés, ondas contínuas se quebram sobre as praias, promovendo a aeração dos oceanos da terra, provendo de oxigênio as águas para a sobrevivência do plâncton, que é a base da cadeia de alimentos do mundo. Sem o plâncton não haveria oxigênio e o homem não poderia viver sobre a face da terra. Deus fez a lua do tamanho certo e a colocou à distância exata da terra para realizar essas outras numerosas funções.

Existe também a maravilha da atmosfera terrestre. Vivemos sob um imenso oceano de ar – 78 por cento de nitrogênio, 21 por cento de oxigênio e mais 1 por cento constituído de quase uma dúzia de outros elementos. Os estudos espectrográficos de outros planetas dos sistemas estelares do universo demonstram que não existe outra atmosfera, nenhuma parte do universo conhecido que seja feita desses mesmos ingredientes, nada com uma composição parecida. Esses elementos não estão combinados quimicamente, mas são misturados mecanicamente de modo contínuo, pelo efeito tipo maré causado pela movimentação da lua. É o mesmo efeito causado nas águas dos mares e quase sempre a mesma quantidade de oxigênio. Embora o homem descarregue uma tremenda quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, isso é absorvido pelos oceanos e o homem pode assim continuar vivendo neste planeta. Se a atmosfera não fosse tão espessa ou alta como ela é, nós seríamos esmagados pelos bilhões de pedaços do lixo cósmico e de meteoritos que caem continuamente sobre nosso planeta.

Consideremos também o fantástico ciclo do nitrogênio. O nitrogênio é um elemento extremamente inerte - se não fosse, nós seríamos todos envenenados por diversos compostos de nitrogênio. No entanto, por ser ele inerte, é impossível combiná-la naturalmente com outros elementos. O nitrogênio é de vital importância para as plantas sobre a terra. Como é que Deus faz para transferir o nitrogênio do ar para o solo? Ele usa os relâmpagos! Cerca de cem mil raios ferem o solo diariamente, criando anualmente cem milhões de toneladas de nitrogênio útil como alimento das plantas.

A 60 quilômetros de altura existe uma camada fina do ozônio. Se essa camada fosse comprimida, seria reduzida a uns seis milímetros de espessura, e no entanto sem ela não haveria vida sobre a face da terra. Oito tipos de raios mortíferos caem sobre a terra continuamente, provenientes do sol; sem essa camada de ozônio, nós seríamos queimados, ficaríamos cegos, seríamos torrados em um ou dois dias. Os raios ultra-violetas são de duas qualidades: os raios mais longos, que são letais, são rechaçados, e os raios mais curtos, que são necessários à vida na terra, são admitidos pela capa de ozônio. E além disso, a camada de ozônio permite a passagem do mais mortífero dos raios, mas em quantidade mínima, apenas o suficiente para matar as algas verdes, que de outra forma cresceriam e encheriam os lagos, rios e oceanos do mundo.

Quão pouco reconhecemos o que Deus está continuamente fazendo para nos prover a existência. Podemos ver que vivemos sob a cobertura de uma fina camada de ozônio que nos protege de um bombardeio de raios que não vemos, mas que constantemente caem sobre nossas cabeças. Debaixo de nossos pés existe uma fina crosta de rocha, mais fina que a casca da maçã, comparativamente. Sob essa camada está a lava derretida que forma o núcleo do nosso planeta. Assim é que o homem vive entre os ardentes e enegrecedores raios em cima e a lava derretida embaixo: qualquer um dos dois seria capaz de torrá-lo. Mesmo assim o homem vive totalmente alheio ao fato de que Deus arranjou as coisas de moda a ser possível ao homem viver neste mundo.

Temos também a maravilha da água. Em lugar nenhum no universo, encontramos água em quantidade, como encontramos na terra. Água, o elemento deslumbrante solvente, dissolve quase tudo sobre a face da terra, menos aquelas coisas que sustentam a vida. Esse líquido maravilhoso existe como gelo, quebra rochas e produz solo. Sob a forma de neve, a água armazena-se nos vales. Como chuva, molha e limpa a terra. Como vapor, fornece umidade para a maioria das terras aráveis. Ela existe como uma cobertura para a terra, na quantidade exata. Se tivéssemos nuvens como Vênus, a terra não poderia existir. Mas nós temos invariavelmente 50 por cento da superfície da terra coberta por nuvens em qualquer momento, o que nos permite receber a quantidade certa de luz solar. Como vapor, a água movimenta poderoso maquinário que existe no planeta. Além do bismuto, é o único líquido que é mais pesado a 4ºC do que quando está congelado. E se não fosse assim, não haveria vida sobre a terra, pois congelada ela é mais leve e flutua. Se não fosse assim, os lagos e rios se congelariam de baixo para cima, matando os peixes. As algas seriam destruídas e nossa fonte de oxigênio cessaria - a humanidade morreria.

Até mesmo a poeira tem uma incrível função em favor da humanidade. Se não fosse a poeira, jamais veríamos um céu azul. A 27 quilômetros de altura não há mais poeira da terra e o céu é sempre negro. Se não fosse a poeira, não haveria chuva nunca. Uma gota de chuva é feita de S milhões de minúsculas gotículas e cada uma dessas 8 milhões de gotículas envolve uma ínfima partícula de pó. Sem elas o mundo ressecaria e a vida cessaria. (minha nota - seria por isso que nos países mais desenvolvidos em que são gerados milhões de toneladas de partículas de poeira, que não falta chuva. Ou seja quanto mais trabalho, Deus premia com mais chuva para o solo, recompensa de Deus ao trabalho do homem. (Prov. 20.4) O preguiçoso não lavra na estação própria; pelo que na sega ele busca mas nada encontra.)

Nos seres humanos há muitas coisas que nos dizem que fomos criados por Deus. Nossa vida se baseia no sangue que corre em nossas veias. O maravilhoso glóbulo vermelho, criado na medula óssea, desprende o seu núcleo quando atinge a corrente sangüínea. Para qualquer outra célula isso significaria a morte, algo como retirar o coração do homem. O glóbulo vermelho tem a forma semelhante a um pneu, ou a uma rosquinha, com uma tênue membrana a atravessar-lhe o vão interno. Sem seu núcleo ele é capaz de carregar mais oxigênio para o corpo, devido a essa membrana e à sua forma. Se ele tivesse a forma das demais células, seria necessária uma quantidade nove vezes maior para prover oxigênio para o corpo humano.

Temos a maravilha das maravilhas: o olho humano! como pode alguém observar o olho humano e admitir que ele surgiu por acaso? Os evolucionistas nos dizem que onde houver uma necessidade a natureza vai providenciar o que é necessário. Você pode imaginar que nós precisávamos da visão? Ninguém nunca tinha visto nada, mas havia necessidade de ser ver alguma coisa. Então a natureza criou o olho. Imagine, criou dois olhos no plano horizontal, de tal modo que não apenas podemos ver, mas temos também um telêmetro que determina as distâncias.

Você já imaginou o que acontece com suas lágrimas que continuamente fluem pelo seu olho? O Dr. William Paley escreveu uma obra clássica intitulada Teologia Natural, na qual ele discute o olho. "A fim de conservar o olho umedecido e limpo qualidades necessárias ao seu brilho e para sua utilização - ele é lavado constantemente por meio de uma secreção destinada a esse fim; e a salmoura excedente é levada para o nariz, através de uma perfuração no osso, da grossura de uma pena de ganso. Quando a secreção chega ao nariz, ela se espalha sobre a superfície interna da cavidade nasal e é evaporada pela passagem do ar quente que o curso da respiração lança continuamente sobre ela... E fácil perceber-se que o olho deve precisar de umidade; mas poderia essa necessidade do olho gerar a glândula que produz a lágrima, ou o orifício por onde ela é descarregada - um buraco nosso?" Que o ateu ou o evolucionista nos diga quem cavou o buraco nosso e colocou ali o encanamento para dispersão de nossas lágrimas.

Sir Charles Scott Sherrington, famoso fisiologista inglês de Oxford, que escreveu uma obra clássica sobre o olho, disse: "Por trás do intrincado mecanismo do olho humano há vislumbres assombrosos de um plano-mestre." Quando confrontado com a escuridão, o olho humano aumenta cem mil vezes a sua capacidade de ver. A câmera mais admirável jamais feita nem sequer vagamente se aproxima de uma coisa tal, mas o olho humano faz isso automaticamente. Além disso, o olho humano encontra o objeto que ele quer ver e o focaliza automaticamente. Ele se alonga e se comprime a si mesmo. Ambos os olhos se movimentando juntos tornam ângulos diferentes para se fixarem naquilo que se há de ver. Quando o olho estava pronto para criar-se a si mesmo, teve também a previsão de proteger-se e construiu-se debaixo da saliência óssea do sobrolho, e também providenciou um nariz sobre o qual poderiam ser pendurados os óculos, de que a maioria de nós precisa. E providenciou também uma maneira de poder se fechar, afim de se proteger contra objetos estranhos.

Finalmente, poderíamos mencionar a incrível mente humana. Sir Henry Fairfield Osborn, o famoso antropologista moderno, disse: "Para mim, o cérebro humano é o mais maravilhoso e misterioso objeto de todo o universo." Pesando apenas cerca de um quilo e meio, ele é capaz de fazer o que 500 toneladas de equipamentos elétricos e eletrônicos não podem fazer. Contendo cerca de 10 a 15 bilhões de neurônios, cada um deles um organismo vivo em si mesmo, ele realiza façanhas que intrigam a própria mente." O Dr. H. M. Morris disse: "Portanto, os homens que rejeitam ou ignoram a Deus o fazem não porque a ciência ou a razão requeira que o façam, mas pura e simplesmente porque querem fazê-lo."
As Escrituras dizem: "E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado..." (Rom. 1:28).

Não apenas estas são razões convincentes para se crer na existência de Deus, mas eu creio em Deus porque creio em Jesus Cristo. As profecias, seu nascimento, vida e milagres, seus ensinos, sua morte e ressurreição e a realização contínua daquelas coisas que ele disse que faria me convencem que Deus vive e que viveu em Jesus Cristo, e mais ainda: que agora mesmo pode transformar pessoas.

No seu best-seller Through the Valley of the Kway, Erneste Gordon fala de soldados americanos capturados pelos japoneses na Península de Malaca, que foram torturados e submetidos à fome. Eles se tornaram um grupo de animais que se arranhavam uns aos outros. Finalmente as coisas ficaram tão ruins que eles decidiram começar a ler o Novo Testamento. Ernest Gordon, que tinha grau universitário, leu para eles o Novo Testamento. e esses homens se converteram ao Deus vivo, por meio de Jesus Cristo. Essa comunidade de animais se transformou numa comunidade de amor, porque Deus vive e ele vive em Jesus Cristo. E Cristo está pronto a viver no coração daqueles que confiam nele. Essa alegria, essa paz, essa vida transformada e essa segurança de vida eterna é o que Cristo oferece àqueles que puserem sua confiança na sua morte vicária.

O que tem o incrédulo a oferecer? Um desses incrédulos, W. O. Saunders, escreveu na revista American Magazine: "Eu quero lhes apresentar uma das pessoas mais solitárias e infelizes do mundo. Eu estou falando a respeito do homem que não acredita em Deus. Eu posso apresentar-lhes um homem assim porque eu sou um deles, e me apresentando vocês estarão sendo apresentados ao agnóstico, ao cético de sua própria vizinhança, porque ele está em toda parte. Você vai se surpreender com o fato de que o agnóstico inveja a sua fé em Deus, a sua crença nos céus e na vida futura, e sua abençoada certeza de encontrar-se com seus amados numa vida em que não existirão tristeza e dor. Ele daria tudo para possuir uma fé assim e ser confortado por ela. Para ele só existe a sepultura; a única coisa que permanece é a matéria. Depois da sepultura, a única coisa que ele vê é a desintegração do protoplasma e de sua vida psíquica. Mas nessa visão materialista eu não encontro nem êxtase nem felicidade.

O agnóstico pode enfrentar a vida com um sorriso ou com uma atitude heróica. Ele pode apresentar uma fachada de coragem, mas ele não é feliz. Pode pôr-se em espanto ou reverência diante da vastidão e majestade do universo, sem saber a origem de si mesmo e nem por que veio a este mundo. Ele fica consternado diante do espaço estupendo e do tempo infinito, sente-se humilhado por sua pequenez infinita, é conhecedor de sua fragilidade, fraqueza e brevidade. Certamente algumas vezes ele suspira por um cajado em que se apoiar. Ele também carrega uma cruz. Para ele este mundo é uma jangada manhosa à deriva nas insondáveis águas da eternidade, sem horizonte à vista. Seu coração dói por cada vida preciosa embarcada nessa jangada - vagando, vagando, vagando, ninguém sabe para onde."

Eu creio em Deus. No entanto, crer nele não é suficiente, pois até o Diabo crê em Deus e estremece. É preciso não apenas crer que Deus existe, mas também crer que ele se encarnou em Jesus e que morreu por nossos pecados. Precisamos crer e nos arrepender de nossos pecados e nos lançar aos pés de Jesus. Precisamos confiar em Jesus, na sua morte vicária pela nossa salvação. Se não fizemos isso, teremos que enfrentá-lo como Juiz na sua ira, naquele grande dia. Eu creio nele e sei que ele está vivo. Ele vive em meu coração e já me garantiu a certeza de que viverei com ele para sempre. É meu desejo sincero que essa mesma certeza possa ser sua, se é que você ainda não a possui. Você já confia nele? Claro que sim.

REF. DIA 13 DE SETEMBRO DE 2016: A VERDADEIRA ORAÇÃO


A VERDADEIRA ORAÇÃO

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e ao que bate, se abre” (Mateus 7: 7 e 8).


            O texto acima é um incentivo a perseverar em oração. Ele observa que a perseverança encontra resultados, e, por isso, ela deve existir. Além da perseverança, porém, o texto bíblico fala sobre o aprofundamento em oração (pedir, buscar e bater).
            Quem pede quer receber algo. Quem busca quer encontrar alguém. Quem bate quer remover um obstáculo. Ao orar, num primeiro estágio, o crente procura algo de Deus. Num segundo estágio, ele busca o próprio Deus. Em um terceiro estágio, ele começa a tirar o obstáculo da frente, pois percebe que o diabo quer impedir o sucesso da oração.
            Precisamos passar do suprimento ao supridor. Precisamos passar da busca para a guerra contra o inimigo. Orar é uma arte que envolve perseverança, aprofundamento e luta. Comecemos, pois, a orar de verdade!

Soli deo Gloria!
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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

REF. DIA 12 DE SETEMBRO DE 2016: JESUS E A BÍBLIA


JESUS E A BÍBLIA

Os cristãos genuinamente evangélicos acreditam que a Bíblia é infalível e inerrante, pois foi verbalmente inspirada por Deus. Essa doutrina, entretanto, não é fruto da dogmática histórica da igreja institucionalizada. Ela foi afirmada pelo próprio Jesus, que é a verdade (João 14:6) e a testemunha fiel (Apocalipse 3: 14). Jesus falou da inspiração verbal das Escrituras quando disse que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido (Mateus 5: 18). Revelou a autoridade espiritual da Bíblia quando enfrentou o diabo, dizendo-lhe: Está escrito (Mateus 4: 4, 7 e 10). Jesus falou da infalibilidade da Bíblia quando disse: A Escritura não pode falhar (João 10: 35). Jesus citou e argumentou com as Escrituras, falou do cumprimento das profecias e aplicou-as a si.
Jesus começou seu ministério pela leitura do profeta Isaías (Lucas 4: 17 – 21). É interessante observar que Jesus leu um texto de Isaías como sendo (como de fato é) de Isaías, quando alguns críticos modernos julgam que esse capítulo que Jesus leu é de um outro autor que fez um enxerto ao livro, ou seja, um pseudo-Isaías. Jesus, assim, contestou a crítica moderna da Escritura.
Em questões éticas, Jesus não se limitou a uma leitura superficial da lei, mas fez uma hermenêutica profunda. Foi assim que viu o amor como cerne da lei e deu propósito ao sábado. Quando, porém, se referiu a fatos históricos narrados na Bíblia, não os viu como simples mitos (Bultmann) ou como lendas (Barth) a serem desvendadas por uma interpretação existencial.
Jesus sabia da ocorrência de um dilúvio universal, e, por isso, comparou esse fato com outros relacionados à sua vinda (Mateus 24: 37-39). Falou da veracidade dos fatos relativos à destruição de Sodoma e Gomorra (Lucas 17: 28, 29). Jesus mostrou que o fato de Jonas ter estado no ventre de um grande peixe era tão certo quanto a sua ressurreição (Mateus 12: 40, 41). Jesus ensinou que a humanidade procedia de um só casal, e, com base nisso, sustentou a indissolubilidade do casamento (Mateus 19: 4-6). Sobre isso, o apóstolo Paulo também se pronunciou em Atos 17: 26.
Diante de tudo isso, pergunta-se: Pode ser cristão quem não crer na inspiração e historicidade dos relatos bíblicos? Pode crer em Cristo quem não crê em suas palavras? A Bíblia responde:

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” (Isaías 8: 20)

“Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois havendo recebido a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes(I Tessalonicenses 2: 13)  

domingo, 11 de setembro de 2016

REF. DIA 11 DE SETEMBRO DE 2016: FÉ VIVA


A FÉ VIVA

“Mas temos confiança e desejamos...”
(II Cor. 5:8)

            A fé bíblica consiste numa confiança pessoal em Jesus como Senhor e Salvador. Enquanto uma fé intelectual (mera adesão doutrinária) é imóvel e estática, a fé do coração (confiança pessoal e voluntária) é dinâmica, pois produz um movimento de aproximação para com Cristo. Isso, todavia, não significa que a fé do coração não seja uma fé esclarecida pela palavra de Deus.
            A fé do coração habita na sede mais recôndita de nosso ser, no centro de nossas decisões. Embora envolva um aspecto emocional, é um movimento da personalidade inteira em direção a Deus.
            Aquele que confia também deseja (II Cor. 5: 8). Na Carta aos Hebreus, está dito:

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que SE APROXIMA de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que O BUSCAM” (Hebreus 11: 6)

            Paulo diz que a fé OPERA PELO AMOR (Gálatas 5: 6). A fé é uma paixão que toma a alma e o espírito. É uma abertura para o eterno que se apodera de nós. A fé bíblica é viva para produzir obras, é ativa no amor. A fé glorifica a Deus e se agarra às suas promessas (Romanos 4: 20, 21).
            A fé bíblica é fervorosa por definição. O crente não só deve ter fé, mas andar na fé (II Cor. 5: 7). Devemos nos firmar na fé (I Pedro 5: 8, 9; Efésios 6: 16) para resistir ao diabo. A fé traz Cristo (Efésios 3: 17) e o vive (Gálatas 2:20).
            A verdadeira fé traz humildade e não presunção, dependência de Deus e não onipotência. A fé é um relacionamento, uma experiência bilateral entre o homem e Deus.
            A fé vence o mundo. Somos chamados a crer, somos crentes, com Lutero dizemos que só há salvação em Cristo através da fé!

Soli deo Glória

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