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segunda-feira, 27 de junho de 2016

DIA 27 DE JUN 2016: A BÍBLIA COMO FUNDAMENTO DA IGREJA ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)

A BÍBLIA COMO FUNDAMENTO DA IGREJA

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Efésios 2: 20).
            Uma das questões mais polêmicas da Reforma era sobre a relação entre a Igreja e a Escritura (Palavra de Deus). De acordo com o catolicismo romano, a Igreja fazia parte do plano de Deus concebido antes da fundação do mundo, mas a Escritura fora uma forma acidental  de a Palavra de Deus aparecer. Por esse motivo, catolicismo dizia que a Escritura tinha sua autoridade derivada da Igreja, que lhe dava reconhecimento (a igreja precedia a Escritura). Desse modo, a igreja não podia ser julgada pela Escritura, mas a Escritura deveria ser interpretada pela igreja de acordo com as suas práticas. A Bíblia seria um instrumento de legitimação da Igreja, não o padrão para sua avaliação.
         Para os reformadores, porém, a Igreja deveria ser julgada pelas Escrituras, pois a Palavra de Deus precederia a Igreja - A Igreja nasce do evangelho, não o evangelho da Igreja. O texto de Efésios 2: 20 fala que a Igreja está fundada no ensino dos apóstolos e profetas (Palavra de Deus).
        O Novo Testamento não surgiu incidentalmente quando a igreja pegou documentos (cartas, narrativas) e os validou, pondo-os numa coletânea. A feitura da Bíblia estava nos planos eternos de Deus. O Senhor mandou Moisés e outros profetas escreverem  livros. Jesus disse a João para escrever o Apocalipse (Apoc. 1: 19).
         João viu o livro do apocalipse nas mãos de Deus antes de escreve-lo (Apocalipse 5: 1- 3). Assim como Moisés viu o modelo do tabernáculo celeste, e, em seguida, construiu um tabernáculo terreno com base no celestial, os escritores sacros tiveram um modelo celestial da Escritura antes de escreve-la. Ezequiel “comeu” o livro divino antes de escreve-lo (Ezequiel 3: 1 – 4).
            A Escritura é desde a eternidade. Nós a encontraremos no céu. Em Daniel 10: 21, o anjo diz a Daniel: Mas eu te declararei o que está escrito na escritura da verdade. Ora, essa Escritura só pode ser a celestial.  Em Romanos 9: 17, a Bíblia diz:
“Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei...”
            As palavras acima foram ditas por Moisés a Faraó antes de terem sido escritas por ele, mas a Bíblia diz que a Escritura disse a Faraó. Isso se deve ao fato de que palavra de Deus antes de ser escrita pelo homem, já está na Escritura celestial  (modelo). A Escritura é eterna, concebida antes da fundação do mundo. É o fundamento da Igreja. A Bíblia não é palavra de Deus porque a Igreja assim a reconheceu, mas a Igreja a reconheceu porque ela é a palavra de Deus. Sabemos de sua inspiração não primariamente pelo consenso da Igreja, mas pelo testemunho do Espírito em nosso coração.
            A Igreja (comunidade dos regenerados) nasce da Palavra, que é eterna:


            Sendo renascidos, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.... mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada” (I Pedro 1: 23 – 25)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

DIA 24 DE JUN 2016: A IGREJA, ISRAEL E AS NAÇÕES ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)

A IGREJA, ISRAEL E AS NAÇÕES
           
            O grupo islâmico Hamas não é apenas um grupo terrorista dentro dos países muçulmanos, ele representa o pensamento muçulmano. Se os países islâmicos não apoiassem esse grupo já o teriam destruído juntamente com suas bases militares. Como Israel pode facilmente localizá-los e os líderes dos países islâmicos não?

            Foi o Hamas que quebrou o acordo de trégua, gerando a necessidade de os israelenses se defenderem. O Hamas não só usa escudos humanos, mas faz túneis de suas bases militares para regiões civis. Esses túneis são cheios de explosivos do Hamas. Quando Israel ataca uma base militar, os explosivos dos túneis, seguindo um efeito cascata, levam fogo até regiões civis, criando a impressão de que os bombardeios israelenses foram lá. O mundo, entretanto, não quer saber de intenções boas ou más, mas apenas da “segurança internacional”. Desse modo, Israel é visto como um aborrecimento e um peso. O mundo sempre odiou Israel e continua odiando, porque odeia a Deus.
            Ultimamente, o mundo vem protestando contra Israel porque fez bloqueio a Gaza e supervisiona os mantimentos para lá enviados. Ora, o grupo Hamas domina a faixa de Gaza e recebe armas através de tráfico ilegal. Israel envia constantemente mantimentos para Gaza e os navios humanitários que enviam mantimentos, depois de supervisionados, têm o seu mantimento enviado igualmente para Gaza. O mundo não quer que Israel ataque o inimigo em seu território e ainda quer que permita a chegada de armas para o inimigo? O bloqueio de Gaza é um modo pacífico de Israel se defender. O mundo, porém, quer a destruição desse povo. O nazismo não é mais só alemão, mas é mundial.
            Há três grupos no plano histórico de Deus: a Igreja, Israel e as Nações. A igreja foi escolhida como instrumento de expressão da graça de Deus. Sua missão não envolve guerras, mas, sim, a pregação do evangelho. A igreja é o povo celestial de Deus, sua luta é espiritual, sua ética é a da não-resistência.
            As Nações são o objeto da ira de Deus, pois perseguem a igreja e Israel. Israel é objeto da disciplina de Deus. Deus pune Israel através das Nações por recusar o evangelho, mas seu objetivo é, finalmente, reconciliar consigo o povo eleito. As profecias apontam para a reconciliação futura de Israel com Deus. As Nações, por outro lado, serão julgadas e punidas por oprimirem Israel.
            Israel é o povo terreno de Deus. Através de Israel, direta ou indiretamente, Deus executa seu juízo sobre as nações. Israel, diferentemente da igreja, deve lutar fisicamente para defender suas fronteiras, principalmente daquele que será o Anticristo.
            Não somos pacifistas no sentido de algumas filosofias “humanistas”. Se fôssemos, teríamos que recusar a inspiração do Velho Testamento.
A igreja não deve defender-se com armas sob hipótese alguma, pois é o povo celestial e espiritual de Deus. Israel, todavia, deve defender-se de seus inimigos, pois é o povo terreno de Deus. Israel têm promessas terrenas e a igreja tem promessas celestiais. Um judeu só irá ao céu pela conversão a Cristo e assimilação na igreja, mas Deus promete bênçãos terrenas (e disciplinas específicas) para Israel enquanto Nação.
Alguns dirão que eu estou me contradizendo, estabelecendo um “ethos” diferenciado para a igreja e para Israel. Embora haja uma lei natural com os preceitos éticos básicos, eu observo que o todo da ética depende da revelação (não de uma “ética do discurso”) e de quem somos no plano de Deus.

Os que afirmam que os evangélicos bíblicos se contradizem são aqueles não conheceram a “MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS” (Efésios 3: 10)!

terça-feira, 21 de junho de 2016

DIA 21 DE JUN 2016: UM DEUS DE TOTALIDADE ( REV. GLAUCO BARREIRA M FILHO)

UM DEUS DE TOTALIDADE

O Deus da Bíblia é um Deus zeloso, um Deus de totalidade. Deus nos quer só para si, nos quer de modo total (Tiago 4: 4-5). Oséias condena o coração dividido (Oséias 10: 2). Jesus diz que não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24). Pedro diz que devemos santificar Jesus como Senhor em nosso coração (I Pedro 3: 15). Quem tropeça em um mandamento é culpado de todos (Tiago 2: 10).
O crente é salvo pela fé viva que produz obras (Tiago 2: 17, 18), pela fé que opera pelo amor (Gálatas  5: 6), pela fé que vence o mundo (Tiago 5: 4), pela fé que vive a vida de Cristo (Gálatas 2: 20)
O crente tem um só objetivo de vida: a perfeição (Mateus 6: 22, 33;  Mateus 19: 21). Concentra-se intensamente nesse propósito (Filipenses 3: 13 e 14;  II Pedro 1: 5-8). Vive para a glória de Deus (I Cor. 10: 31).
O Espírito Santo foi dado para a Igreja a fim de guia-la a toda verdade (João 16: 13). A Igreja deve ensinar todas as coisas que Jesus mandou (Mateus 28: 20). O pregador deve pregar todo o conselho de Deus (Atos 20: 20, 27). Toda Escritura é divinamente inspirada e deixa o homem perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra (II Timóteo 3: 16,17). Em Jesus habita toda a plenitude da divindade (Colossenses 2: 9) e todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Colossenses 2: 3). Nós temos recebido da sua plenitude, graça sobre graça (João  1: 16). Jesus veio nos trazer vida abundante (João 10: 10), para que de nosso interior fluam rios de água viva (João 7: 38). Temos a promessa da vida vitoriosa (II Cor. 2: 14), pois fomos abençoados com toda sorte de bênçãos nas regiões celestes (Efésios 1: 3).
Devemos ser cheios do Espírito (Efésios 5: 18), porque nenhum dom nos falta (I Cor. 1: 7). Temos  toda a armadura de Deus para vencer o diabo (Efésios 6: 11).

Diante de tudo isso, pergunto: Por que tão poucos que se dizem crentes vivem essa plenitude?

segunda-feira, 20 de junho de 2016

DIA 20 DE JUN 2016: A BÍBLIA E A MENTALIDADE CRISTÃ ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)


A BÍBLIA E A MENTALIDADE CRISTÃ

          Durante a Idade Média, bem como durante a Reforma Protestante, a linguagem e a mentalidade teológica dominavam a vida social. A teologia era conhecida como a rainha das ciências. O protestantismo, por sua vez, deu caráter bíblico à teologia.
          A partir do final do século XIX, entretanto, a teologia estava em declínio na sua influência social. As ciências naturais e comportamentais dominavam a sociedade. A mentalidade cientificista havia triunfado. A teoria da evolução, o pensamento de Freud e o materialismo dialético entraram em cena.
            
           No final do século XIX e no século XX, os próprios teólogos procuravam tornar a mensagem cristã relevante para o mundo moderno, fazendo concessões à mentalidade cientificista. A barganha consistia em excluir os elementos sobrenaturais do evangelho para que o mundo aceitasse alguma coisa elementar do cristianismo (o exemplo histórico de Jesus, a ética de Jesus, etc.)
            Hoje, as ciências comportamentais, como a psicologia e a sociologia, dominam a vida social. A sua forma de raciocinar entrou na mentalidade popular e sua linguagem caiu no senso comum. Os livros de auto-ajuda são, na verdade, livros de psicologia popular.
            As igrejas atuais estão longe do gosto pela reflexão teológica que dá raiz a espiritualidade. Os pregadores são “comunicadores”, “animadores de auditórios”, “terapeutas”, etc. Os pastores são pseudopisicólogos ou pseudo-sociólogos. Eles apenas revestem os seus discursos com termos bíblicos (que geralmente passam a ter novos sentidos, sentidos que jamais encontrariam na teologia clássica).
            As editoras “evangélicas” também têm traído o evangelho, pois têm prestigiado obras superficiais, cujo destaque advém da novidade ou da popularidade. A preocupação com o que vende superou a preocupação com o que edifica.

           Precisamos voltar à Bíblia, voltar a teologia:

“Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás” (Josué 1: 8)

            Não basta ler a Bíblia, mas é preciso MEDITAR nela para que ela domine o nosso pensar e os nossos conceitos:

            “Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Salmo 1: 2)

            Devemos ter a mente de Cristo:

“... Transformai-vos pela renovação da vossa mente....” (Romanos 12: 2)

“... Mas nós temos a mente de Cristo” (I Cor. 2: 16)

“ ... Levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (II Cor. 10: 5)

            É necessário que os crentes e, particularmente, os pastores mudem o discurso e a mentalidade. Se a mentalidade cristã desaparecer, nós só ficaremos com fórmulas vazias. Sem conteúdo, só restará a mera forma. Nós teremos “aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” (II Timóteo 3: 5)

domingo, 19 de junho de 2016

DIA 19 DE JUN 2016: A RELIGIÃO E A REGRA DA MAIORIA ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)

A RELIGIÃO E A REGRA DA MAIORIA

“A religião verdadeira e pura e o culto de Deus não são estabelecidos pela maioria dos cidadãos, nem pelo peso do voto dos homens, mas apenas pela Palavra de Deus, segundo a devoção dos homens à fé” (Johannes Althusius)
            Em matéria política, diz-se que a vontade da maioria deve prevalecer. Ao menos, essa é a posição dos países que adotam o regime democrático, ou seja, da maioria das nações ocidentais.
            Em matéria de fé, o padrão não pode ser a maioria ou a vontade geral. A vontade humana aumentada numericamente não se torna boa pela quantidade. A quantidade não se transforma em qualidade.
            Enquanto na ciência se valoriza a razão e na política se valoriza a vontade (da maioria), na religião o que vale é a revelação.
        Não é convincente o argumento das igrejas liberais de que a prática libertina de seus membros e a sua forma profana de culto é adotada pela maioria das igrejas. Depois da chegada da apostasia profetizada pelo apóstolo Paulo, devemos desconfiar da maioria e procurar a verdade em um remanescente fiel.
            Também se deve desconfiar de novidades em matéria religiosa. Se, no campo tecnológico, prestigia-se o modelo mais novo ou moderno, a mesma coisa não vale para a religião.
            Em matéria religiosa, devemos buscar o que é antigo. Muito mais importante do que o que é defendido pela maioria hoje (e que não será mais a posição da maioria de amanhã) é aquilo que tem tido continuidade histórica. O fator temporal (continuidade, permanência) é mais importante do que o fator espacial (a maioria em um determinado tempo).

            A nossa regra de fé é a Palavra de Deus. Escudados nela, devemos estar preparados para resistir a todos!

sábado, 18 de junho de 2016

DIA 18 DE JUN 2016: RAZÃO SIMPLES ( REV. GLAUCO BARREIRA M.FILHO )


RAZÃO SIMPLES
Por: Glauco Barreira M. Filho

Quando Lutero esteve na Dieta de Worms fazendo a defesa de suas convicções, ele afirmou que somente a Escritura era infalível. Observou que papas e concílios não poderiam ser infalíveis, pois muitas vezes se contradisseram. Lutero argumentou que, se queriam a sua retratação, deveriam convencê-lo de seu erro pela Escritura ou pela “razão simples”.
Lutero falou em “razão simples” para lembrar o princípio lógico da não-contradição. De acordo com esse princípio, uma coisa não pode ser ela e o que nega ela ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. Negar esse princípio é negar a própria razão. Lutero, então, queria que lhe explicassem como vários papas ou concílios poderiam estar simultaneamente certos, visto que um negava as afirmações do outro.
Uma das coisas que mais levanta críticas contra o catolicismo são suas posições contraditórias ao longo da história. Os apologistas do catolicismo se vêem em inúmeras dificuldades com isso, principalmente porque proclamam a infalibilidade da igreja e do papado.
Os evangélicos de hoje, porém, estão mudando com uma rapidez muito maior que o catolicismo. Apesar de a visão da Reforma ter se mantido estável por muito tempo, o secularismo tem invadido igrejas que se professam protestantes ou evangélicas a ponto de elas estarem mudando a todo instante. Tais igrejas já adotaram danças, feminismo, rock.... Todos os valores são relativizados. Igrejas de pouco tempo de existência são anualmente diferentes. O pior de tudo é que essas pessoas não se envergonham das mudanças, nem procuram justificativas, mas simplesmente afirmam que a igreja tem que se contemporizar.
Para essas igrejas relativistas, o pecado é uma noção cultural que varia com o tempo. Elas não se dão conta de que Deus, que abomina o pecado, é imutável. Isso, porque, lá no fundo, elas não acreditam em Deus. Tudo não passa de uma terapia, de um clube e, muitas vezes, de um negócio.
 Essas igrejas não apenas repudiam as Escrituras, mas também a razão, ao negarem o princípio lógico da não-contradição. Lutero não teria o que dizer a uma cristandade que não satisfeita em perder a Escritura, perdeu também a razão! Deus tenha misericórdia de nós!   

SOLI DEO GLORIA!

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sexta-feira, 17 de junho de 2016

DIA 17 DE JUN 2016: APÓSTATAS UNIVERSITÁRIOS ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)


APÓSTATAS UNIVERSITÁRIOS
Por: Glauco Barreira M. Filho

     Há muitas pessoas que se dizem “crentes” até entrarem numa universidade ou ganharem algum status cultural. A partir daí elas interpretam sua antiga “vida cristã” na igreja como um período infantil no qual lhes faltava “maturidade”. Julgam que estiveram na igreja em um período de “crise existencial”. Talvez até admitam que, naquela época, a igreja lhes tenha dado algum conforto. Agora, porém, “cresceram” e não precisam desse “paliativo” para os fracos.
      Essas pessoas se admiram de no passado terem crido nas afirmações do fundamentalismo bíblico com tão poucas evidências. Talvez até ainda se considerem cristãs, mas são liberais.
        Essa narrativa é velha e eu já estou acostumado com ela. Ela se refere não só a simples membros de igreja, mas também a pastores que têm acesso a uma formação acadêmica mais elevada. A existência, porém, de crentes bíblicos e ortodoxos com elevada formação acadêmica e intelecto privilegiado prova que havia alguma coisa errada com aqueles que apostataram da fé pelo “conhecimento”. Era algo neles e não no evangelho que estava errado.
            
        Richard Baxter, pregador puritano do século XVII, explicou-nos o que acontece:

            “Não é simplesmente a fé mais confiante que se mostra sempre como a mais forte e confirmada. Deve haver fundamentos e evidências seguras em suporte a esta confiança; do contrário, tal confiança pode ser logo abalada, e acaba não sendo sadia, mesmo que pareça não se abalar... É costume do diabo e dos seus instrumentos enganadores mostrar aos novos convertidos as fraquezas dessas evidências iniciais, e, então, levá-los a concluir que suas evidências de fé se reduzem a nada; pois é muito fácil persuadir tais pessoas de que as verdades em que creram não se baseiam em evidências tão sólidas assim, já que não discerniram outras melhores. Por outro lado, paradoxalmente, os novos convertidos são também facilmente levados a superestimarem seus conhecimentos, como se não houvesse razões melhores para a verdade do que as que eles alcançaram; e acham, assim, que as outras pessoas não têm tanto discernimento quanto eles. Assim, algumas dessas pobres almas abandonam a verdade na qual deveriam ser edificadas e confirmadas, e consideram como argumento contra a verdade aquilo que é apenas uma prova da sua própria fraqueza.
            “Eu conheci pouquíssimas pessoas que se voltaram para alguma heresia ou seita, cuja causa não tenha sido esta. Eles, a princípio, professavam a verdade, mas não estavam alicerçados em razões seguras e firmes; eles a professavam firmados em razões insuficientes. Então, ao se depararem com algum enganador, duvidaram dos argumentos em que se firmavam, e então, não tendo razões melhores, abandonaram a verdade, concluindo que tudo não passava de um engano... Um crente forte e bem alicerçado, por outro lado, defenderia a verdade de Deus mesmo contra os inimigos mais fortes e sagazes; ou, pelo menos, apegar-se-ia firmemente a ela. ”








quinta-feira, 16 de junho de 2016

DIA 16 DE JUN 2016: PODE UM HOMOSSEXUAL MUDAR? ( Rev. Glauco Barreira M. Filho )

PODE UM HOMOSSEXUAL MUDAR?
 Por: Glauco Barreira M. Filho

O Dr. Robert Spitzer é um famoso professor de psiquiatria da Universidade de Colúmbia em Nova York. Ele ajudou a excluir a homossexualidade da lista de doenças mentais da Associação Psiquiátrica Americana em 1973. Em uma pesquisa publicada depois disso, o Dr. Sptizer causou muito alvoroço por sugerir que os homossexuais podem mudar sua orientação sexual. Ele descobriu que 78% dos homens e 95% das mulheres que voluntariamente se submeteram a uma terapia psiquiátrica “restauradora” relataram uma mudança em sua sexualidade. Dos 143 homens e 57 mulheres participantes, 66% dos homens e 44% das mulheres obtiveram o que ele considerou como “um bom desempenho sexual”.
        A pesquisa do Dr. Spitzer tem levado muitos a acusá-lo de fundamentalista, mas ele já declarou que é um “judeu ateu” e que está apenas interessado na descoberta científica.
O Dr. Spitzer disse: “Minha conclusão é que a porta está aberta [...]. No início de minha pesquisa, eu estava completamente cético. Para mim, o homossexual – nascido assim ou que ficou assim, não importa – era de fato homossexual, e considerar a inclinação dele uma questão de escolha era um erro. Porém, se eu encontrasse uma única pessoa disposta a mudar sua orientação sexual, a porta estaria aberta, e a mudança de orientação sexual seria possível.”
Em programas sensacionalistas de televisão, eu já vi um apresentador desafiar a audiência a mostrar algum homossexual que mudou de vida. Nós conhecemos inúmeros que deixaram esse pecado por meio da conversão a Jesus. Tais pessoas, porém, já se casaram e têm filhos. Não lhes interessa se expor, mas, sim, esquecer o passado vergonhoso. A ciência, porém, já respondeu a esse desafio, mostrando que é possível mudar a orientação sexual. Para além da ciência, afirmamos que nada para Deus é impossível.

“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados (homossexuais passivos), nem os sodomitas (homossexuais ativos)... herdarão o reino de Deus. E é o que alguns foram; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (I Cor. 6:10-11).


“E que fruto tínheis então das coisas de que agora VOS ENVERGONHAIS? Porque o fim delas é a morte”. Mas agora, LIBERTADOS do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna” (Romanos 6: 21-22)

terça-feira, 14 de junho de 2016

Dia 14 de JUN 2016: CIÊNCIA E RELIGIÃO ( Rev. Glauco Barreira M. Filho)


CIÊNCIA E RELIGIÃO

Por: (Glauco Barreira M. Filho)

        Embora seja verdade que, como alguém já disse, a ciência estuda os séculos das rochas e a religião estuda a “rocha dos séculos”, a ciência comprova muitas verdades contidas nas Escrituras Sagradas. Arno Penzias, o ganhador do prêmio Nobel que descobriu a radiação de fundo do suposto Big Bang, disse:

         “Os melhores dados que temos são exatamente os que eu teria previsto, não tivesse eu nada com que prosseguir senão os cinco livros de Moisés, os Salmos, a Bíblia como um todo”.

         É sabido que Charles Darwin, no final da vida, abandonou a teoria da evolução que o tornou famoso para tornar a abraçar o relato da criação. Uma revista cristã alemã explicou o fato, dizendo que Darwin desistiu de procurar o elo perdido entre o homem e o macaco para aceitar o elo achado entre Deus e os homens: Jesus Cristo.
Entre as afirmações que Darwin fez durante a sua vida, eis uma que muito importante:

         “... A extrema dificuldade, ou antes impossibilidade, de conceber este imenso e maravilhoso universo, incluindo o homem, com sua capacidade para olhar muito atrás no passado e muito para dentro do futuro, como o resultado da chance ou necessidade cegas. Ao assim refletir, sinto-me compelido a olhar para a Primeira Causa como tendo uma mente inteligente em algum grau análogo àquela do homem; e mereço ser denominado teísta.”

         O astrofísico Robert Jastrow concluiu:


         “Para o cientista que vive pela fé no poder da razão, a história termina como um sonho ruim. Ele escalou a montanha da ignorância; ele está para conquistar o mais alto pico; quando se agarra à rocha final, é saudado por um grupo de teólogos que estavam sentados ali há séculos”.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

DIA 13 DE JUN 2016: PODE UM CRENTE SER EVOLUCIONISTA? ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)


PODE UM CRENTE SER EVOLUCIONISTA? 

(Glauco Barreira M. Filho)

Um crente pode defender a teoria da evolução? Claro que não. Se o fizesse teria que lançar fora toda a teologia cristã histórica.

Imagine que o homem tenha vindo de um ancestral comum com o macaco. Em determinado momento, VÁRIOS desses seres teriam se tornado homens. Então, não teria existido um Adão como cabeça da humanidade. Sem Adão, não haveria jardim do Éden, Eva e pecado original.

Se Adão não tivesse existido, como Jesus fundamentaria a monogamia na união do primeiro casal? E como Paulo fundamentaria a submissão da esposa ao marido no fato de Adão ter sido criado primeiro que Eva?

Em Romanos 5, Paulo contrasta Jesus e Adão. Se Adão não tivesse existido, poderia eu confiar que Jesus existiu?

Os animais como conhecemos são mortais. Se o homem tivesse evoluído do animal num processo de milhões de anos, ele seria mortal (inúmeros seres pré-humanos também já teriam morrido). Então, como a morte seria punição pelo pecado?

Admitida a teoria da evolução, não há mais pecado nem punição. Não foram coisas como essas que o diabo quis incutir em Eva?

Aceitar a teoria da evolução é reformular toda a Bíblia, é desvincular-se de toda a história cristã.
O que quer que seja um “dia” (o termo tem vários sentidos na Bíblia), Deus fez o mundo em seis dias. De outro modo, não teria escrito isso com o seu próprio dedo nas tábuas da lei quando instituiu o descanso sabático.
Não, não e não! Um crente não pode aceitar a teoria da Evolução.

domingo, 12 de junho de 2016

DIA 12 DE JUN: CEIA DO SENHOR OU A PRÓPRIA CEIA? ( Rev. Glauco Barreira M. Filho)

CEIA DO SENHOR OU A PRÓPRIA CEIA?

Por:  (Glauco Barreira M. Filho)
“De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma ANTECIPADAMENTE A SUA PRÓPRIA CEIA...” (I Coríntios 11: 20-21).
            O apostolo Paulo diz que os coríntios não conseguiam celebrar a Ceia do Senhor, pois cada um só comia SUA PRÓPRIA Ceia. Isso acontecia porque a ceia deveria ser uma celebração da unidade cristã (I Cor. 10: 16-17), mas os coríntios, cheios de facções (I Cor. 1: 12,13), não discerniam o valor do corpo de Cristo (I Cor. 11: 29). Isso fez com que fossem disciplinados pelo Senhor (I Cor. 11: 30).
            É importante também salientar que a Ceia deve ser celebrada sob a autoridade de pastores. Quando Jesus instituiu a Ceia, chamou apenas os doze apóstolos, porque o objetivo era autorizar aos líderes (pastores) ordenar a sua celebração (“fazei isso em memória de mim”).


            A igreja de Corinto celebrava a Ceia do Senhor sob a autoridade de Paulo (I Cor. 11: 23-33). Uma facção sem um legítimo pastor não pode celebrar a Ceia do Senhor. Se eles se reunirem para isso, estarão celebrando a PRÓPRIA CEIA , não a do Senhor.


SOLI DEO GLORIA

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sexta-feira, 10 de junho de 2016

REFLEXÃO DIA 10 DE JUN 2016: COMPARTILHANDO LEITURAS - C.S. LEWIS -

COMPARTILHANDO LEITURAS – C. S. LEWIS

Por: Rev. Glauco Barreira M. Filho
          Vivemos em um mundo que não conhece a solitude. Usamos essa palavra (“solitude”) porque a palavra “solidão” passou a ter um sentido completamente negativo na sociedade atual, significando ora desamparo ora um desequilíbrio psicológico.
A solitude é necessária ao cultivo da personalidade, da poesia, da contemplação. A falta de solitude implica a falta de pessoas realmente meditativas ou contemplativas. Sem solitude, não há profundidade, e, sem profundidade, não há amizades que valham a pena. Como dizia Rilke, precisamos nos construir na solitude para levar material edificante para a amizade. Há pessoas que procuram “amigos” não porque querem compartilhar o melhor de si, mas porque não se suportam, e, por isso, nunca querem estar sozinhas. Precisam dos “amigos” para descarregarem elas próprias sobre eles, para fugirem de si mesmas.
 A verdadeira amizade não é interesseira, não é dominadora, não consome o longo tempo que necessitamos para a solitude. Não é fechada, não é excludente, mas é espontânea. Nunca forma panelinha.
            O mundo de hoje é inimigo da solitude e, por isso, da verdadeira amizade. Compartilho com todos o que C. S. Lewis disse sobre o tema:


            “Mesmo nessas raras ocasiões em que o aluno de graduação moderno não está frequentando nenhuma sociedade desse tipo, raramente ele se envolve nessas caminhadas solitárias, ou com um companheiro – essas caminhadas que edificaram a mentalidade das gerações anteriores. Ele vive numa multidão; as panelinhas substituíram a amizade. Essa tendência não só existe tanto dentro quanto fora da universidade, mas também é quase sempre aprovada. Há uma multidão de intrometidos, mestres de cerimônia auto-indicados, cuja vida se dedica a destruir a solitude, onde quer que ela ainda exista. Chamam a isso ‘tirar os jovens de dentro deles mesmos’, ou ‘despertá-los’, ou ‘vencer a apatia deles´. Se um Santo Agostinho, um Vaughan, um Traherne ou um Wordsworth tivesse de nascer no mundo atual, os líderes de uma organização juvenil logo o ‘curariam’.... Mesmo quando os planejadores falham e alguém fica fisicamente sozinho, a radiotelefonia ou a radiotelegrafia cuida para que ele não fique nunca menos só que quando sozinho...vivemos, com efeito, num mundo carente de solidão, silêncio e privacidade e, portanto, carente de meditação e de amizade verdadeira. ”   

quinta-feira, 9 de junho de 2016

REF. DIA 09 DE JUN 2016: A APOLOGÉTICA CRISTÃ


A APOLOGÉTICA CRISTÃ
Por: Rev. Glauco Barreira M. Filho
            
            Uma das bases da apologética (defesa da fé) protestante é a teologia pressuposicional. De acordo com essa doutrina, a idéia de Deus está plasmada em todo ser humano. Como diria Carl Jung, trata-se de um arquétipo universal.
            Dentro dessa premissa, nossa missão não é tanto a de provar a existência de Deus, mas, sim, a de derrubar os argumentos altivos que se levantam contra o conhecimento (inato) de Deus. O ateu diz no seu coração que não há Deus, procurando produzir em si um auto-engano, ou seja, buscando apagar o testemunho de seu próprio coração a favor da deidade.
Devemos derrubar as muralhas artificiais do ateísmo, pois, a partir daí, a idéia de Deus irá aflorar por si mesma. Nosso próximo passo será mostrar como Deus se auto-revela nas Escrituras Sagradas.
           A maior prova da teologia pressuposicional é o fato de até os ateus presumirem a existência de Deus em seus argumentos contra Deus. Quando uma pessoa diz que não há Deus porque existe muita maldade no mundo, ela nunca pergunta de onde lhe veio o discernimento para distinguir a maldade da bondade, a justiça da injustiça. Tal discernimento só pode ter vindo de Deus.
            Os cientistas evolucionistas procuram produzir vida em laboratório para provar que a vida surgiu por acaso e não por uma mente criadora. Eles não percebem que, se eles conseguissem produzir vida, eles o fariam através de suas próprias mentes criadoras e, logo, estariam provando não a evolução pelo acaso, mas a mente do Criador.
            Francis Schaeffer disse:
“Cada vez que um homem se comunica com outro, quer saiba quer não, até mesmo, se for o maior blasfemo que já viveu ou até o ateu insultuoso de Deus, até mesmo em seu xingamento, até quando diz ‘não há Deus’, ele testifica quanto ao que Deus é.”

        Os ateus mais ferrenhos (Nietszche, Marx, Freud, Dawkins) combateram a idéia de Deus com linguagem passional. Não pareciam estar combatendo uma idéia, mas, sim, uma pessoa. O modo pessoal como falavam contra Deus parece revelar que eles criam mais na existência de Deus que certos cristãos.
        Como alguém já disse, “o ateu não consegue achar Deus pela mesma razão que o ladrão não acha o policial”

quarta-feira, 8 de junho de 2016

REFLEXÃO DIA 08 DE JUN 2016: DIREITOS HOMOSSEXUAIS?


DIREITOS HOMOSSEXUAIS?
Por: Rev. Glauco Barreira M. Filho

Como jurista cristão, mais do que ninguém, eu sou um defensor dos direitos humanos. Defendo radicalmente o direito à vida, e, por isso, sou contra o aborto. Defendo radicalmente a dignidade da vida humana, e, por isso, sou contra o uso científico de células-tronco embrionárias. Sou contra a discriminação racial e a intolerância religiosa.
            Eu lamento, porém, que os direitos humanos tenham sido desviados de seu curso filosófico inicial. Hoje em dia, os bandidos se valem do discurso sobre direitos humanos para se tornarem “vítimas”.  Os meios de comunicação corrompem famílias e crianças com programas imorais, alegando o direito à liberdade de expressão.
            O pior de tudo é que estão falando agora em direitos homossexuais. Não nego que o homossexual, enquanto ser humano que é, tem direitos como qualquer outra pessoa. O que é esquisito é que o fato de ele ser homossexual seja fato gerador de direitos.
            Os homossexuais não querem se valer do discurso universal de direitos humanos, mas, antes, querem ter direitos PORQUE são homossexuais. Isso é uma tentativa de colocar para a sociedade a tese vigente entre eles de que a homossexualidade é um sinal de superioridade ou genialidade. Essa megalomania corrupta os leva a se autodenominarem de “entendidos”.
            Do ponto de vista lógico, eu perguntaria: “Se deve haver direitos homossexuais, haveria também direitos heterossexuais?”. Para aqueles que querem direitos para essa “opção sexual”, eu perguntaria se não haveria de se cogitar em direitos para outras, como os direitos dos que praticam bestialismo (sexo com os animais), os direitos dos que praticam masturbação ou os direitos dos necrófilos (que praticam sexo com os cadáveres). Todas essas colocações mostram o absurdo de se falar em “direitos homossexuais”.
            O Direito, na verdade, deveria punir o homossexualismo quando levado a esfera pública, ou seja, quando saísse da intimidade dos particulares. Isso porque é um desvio moral que não deveria ser presenciado por crianças ou famílias. No último caso, deveria ser desconhecido pelo Direito, mas nunca deveria ser reconhecido.
            Ficamos a imaginar o que virá depois dos direitos homossexuais. Nos EUA, há um grupo advogando direitos para a pedofilia homossexual: NAMBLA (Associação de Amor ao Garoto Americano). O lema da associação é “sex by eight before it is too late” (faça sexo aos oito anos, antes que seja tarde demais). Essa organização opera abertamente e sob proteção constitucional. O seu jornal, cujo editor é um professor, publica um boletim aos seus membros por todo o país.
            Há ainda os que acreditam que o incesto deve ser legalizado. O SEICUS (Conselho Escolar de Informação Sexual dos Estados Unidos), grupo influente no estabelecimento da educação sexual no programa da escola pública nos EUA, fez circular um documento que sugere que os “pronunciamentos com respeito a incestos” estão todos errados. Lamentam que o tabu do incesto “tenha impedido a investigação científica”.
            A sociedade está se degenerando, mas o pior é que a corrupção está se institucionalizando. Em todas as épocas, houve pecado, mas não a sua institucionalização. A trombeta profética da igreja tem que soar!!!

terça-feira, 7 de junho de 2016

REFLEXÃO DIA 07 DE JUN 2016: SINAIS DO NOVO NASCIMENTO ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)


    SINAIS DO NOVO NASCIMENTO

“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3: 3).
            Não há salvação sem o novo nascimento (Tito 3: 5). O novo nascimento ou regeneração é uma experiência espiritual de efeitos morais pelo qual o espírito do homem é vivificado e unido a Deus. Há uma identificação espiritual do crente com Cristo em sua morte e ressurreição. O fato histórico da morte e ressurreição de Cristo se torna em um poder transformador, em uma experiência atual na vida do cristão.
            Vejamos os sinais do novo nascimento:
                      

           1) Aquele que nasceu de novo não vive nem permanece no pecado:


“Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado, porque a sua semente permanece nele; e não pode permanecer no pecado, porque é nascido de Deus” (I João 3: 9)
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós...” (Romanos 6: 14)
"Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna” (Romanos 6: 22)
      A Bíblia que devemos ter cuidado com o auto-engano, pois é possível alguém querer se convencer que é salvo na prática do pecado (I Cor. 6: 9 – 11). A Bíblia diz que os que praticam as obras da carne não herdarão o céu (Gálatas 6: 19 – 21). Também afirma que ninguém verá o Senhor sem santificação (Hebreus 12: 14). Judas condena os que afirmam ser possuidores da graça de Deus para continuar em seus pecados (Judas 4). Os que tem esperança legítima de ir para o céu vivem em santidade  (I João 3: 3).
       2)      Aquele que nasceu de novo vence o mundo com seus apelos estéticos, eróticos e avarentos:
“Porque todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo...” (I João 5: 4)
 “...Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (I João 2: 15)
 “...Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4)
3)      O que é nascido de Deus vence o diabo:
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca, mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I João 5: 18)
4)      O que é nascido de novo ama a igreja em vez de ficar procurando encontrar defeitos nela:
“ Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos” (I João 3: 14).
      Não adianta nos enganarmos a nós mesmos para acharmos que somos renascidos, se não tivermos os frutos. Jesus disse que é pelo fruto que se conhece a árvore. A Bíblia diz que muitos que se julgam salvos e “se sentem bem consigo mesmos” serão desmascarados no dia do juízo (Mateus 7: 21-23). 

segunda-feira, 6 de junho de 2016

REFLEXÃO DIA 06 DE JUN 2016: O NOVO NASCIMENTO ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)

O NOVO NASCIMENTO

“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3)

Jesus disse que o novo nascimento é uma condição natural (não uma exigência moral) para entrar no Reino de Deus. Através do novo nascimento, adquirimos faculdades espirituais para apreciar, distinguir e “enxergar” o Reino de Deus. Deus nos criou com essas faculdades, mas a entrada do pecado no mundo trouxe a elas um adormecimento (morte espiritual).
O novo nascimento é uma ressurreição espiritual. O novo nascimento não é uma obra do homem. Ninguém é o autor de seu próprio nascimento. O “nascimento” é fruto de uma “geração”, não de uma reforma. Não provém do esforço humano, mas é uma obra de Deus.
O novo nascimento é instantâneo e não processual. O crescimento que segue o nascimento é um processo, mas não o nascimento. O novo nascimento é espiritual (João 3: 6-8) e não físico. Ele cria uma nova identidade espiritual e moral. Trata-se de uma mudança profunda e repentina, ou seja, é miraculosa. Não é fruto de uma “reprogramação mental” ou de uma terapia, mas é resultado do poder de Deus.
O novo nascimento é uma experiência com Deus e o seu poder. Não é o sacramento do batismo ou algo que ocorra na inconsciência do homem.
O novo nascimento envolve a totalidade do homem. Não é uma aprendizagem intelectual, nem um surto emocional, mas também não é fruto da força da vontade do homem.
No novo nascimento, adquirimos a mente de Cristo e o sentir de Cristo. Nós somos transformados não pela nossa força de vontade, mas pela força da vontade de Deus:

Segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade....” (Tiago 1:18)

domingo, 5 de junho de 2016

REFLEXÃO DIA 05 DE JUN 2016: CREIO NA IGREJA ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)



       K arl Barth, comentando o CREDO APOSTÓLICO, observa que a expressão “creio na santa igreja universal, na comunhão dos santos” vem logo depois de “creio no Espírito Santo”. O teólogo suíço observa que o CREDO é uma confissão de fé no Deus Trino e, portanto, não pode fazer da igreja-instituição um objeto de fé-confiança. Quando se professa crer na igreja, faz-se alusão a igreja universal (invisível) que consiste na comunhão mística dos santos. A fé é dirigida ao Espírito Santo, pois é o Espírito que constitui o corpo místico de Cristo e garante a comunhão dos crentes. O “creio na igreja” é uma extensão do “creio no Espírito Santo”. O significado do CREDO é creio no Espírito que está na igreja.
             Barth observa que a igreja é governada por Cristo através da Palavra vivificada pelo Espírito Santo. Os católicos, quando não têm o seu “fervor” pessoal, se apoiam na instituição eclesiástica, a qual garante a sua ortodoxia pela autoridade papal. Os evangélicos não têm autoridade institucional em que se apoiar, pois dependem inteiramente da Palavra e do Espírito. Quando a igreja evangélica tem a Palavra VIVA, ela se mantém ortodoxa e avivada. Quando ela só tem a liturgia, é só uma questão tempo para ela ficar liberal e heterodoxa. Barth registra:
            “Mas Jesus Cristo governa em sua Palavra pelo Espírito Santo. O governo da Igreja é, assim, idêntico com a Sagrada Escritura, através do seu testemunho dele. Portanto, a Igreja deve continuamente estar ocupada com a exposição e aplicação da Escritura. Onde a Bíblia se torna um livro morto com a cruz sobre a capa e margens douradas, o governo de Jesus na igreja é inativo”.
       Quando a igreja perde a palavra, ela vive do auto-serviço, da recreação, da sociabilidade e do entretenimento. Barth comenta:
            “Onde a vida da Igreja está exaurida no auto-serviço, tem-se o gosto de morte; o elemento decisivo foi esquecido, de que a vida inteira é vivida apenas no exercício do que chamamos ministério de embaixador da Igreja, proclamação, kerigma... Onde a Igreja está viva, ela deve perguntar a si mesma se está servindo esta comissão ou se tornou-se um objetivo em si mesma.”
       Muitos reclamam das igrejas que vivem só da Palavra porque estas não lhe proporcionam diversão e “tranqüilidade”. Como os monarcas absolutistas que queriam um líder religioso para lhes aquietar a consciência culpada quando usavam de violência, as pessoas acham que a obrigação da igreja é aliviá-las do stress do dia a dia.
            A igreja verdadeira se orienta para um objetivo sério, o que reclama auto-exame e responsabilidade. As pessoas descomprometidas se sentem oprimida numa igreja assim. Para falar a verdade, até mesmo os fiéis, em certo momento de suas vidas, sentem esse fardo. A diferença é que não abandonam a igreja verdadeira. Karl Barth conclui:

            “Não devemos permitir que a existência cristã, isto é, a existência da Igreja, a existência teológica seja privada deste objetivo. Pode acontecer que queiramos largar a mão do arado, quando comparamos a igreja com este objetivo. Podemos, com frequência, ter uma aversão pela vida da Igreja como um todo. Se você não conheceu essa opressão, se você simplesmente sente-se bem dentro das paredes da Igreja, você certamente não viu a verdadeira dinâmica desta questão.”
Isso não significa que não tenhamos alegria, mas, sim, que ela vem da Palavra e da santidade. Alguém já disse que Deus revelou sua justiça na parte da Bíblia que chamamos de “lei”. Para os fiéis, é uma auto-revelação de Deus, mas, para os que estão longe do Senhor, é uma lei. O evangelho é a revelação festiva do Deus misericordioso. Aqui, encontramos nossa alegria.
Os crentes não devem ser “caras fechadas”, mas devem ser espirituosos. Devem fazer as coisas na igreja com bom ânimo, sendo companhia agradável, mas o MODO de fazer as coisas não se confunde com o OBJETIVO das ações. A igreja tem objetivo transcendente, que evoca seriedade, reverência e devoção integral.

SOLI DEO GLORIA